Instituto Pensar - ?Óbito não é alta?: Levante Popular da Juventude realiza ato contra Prevent Senior

?Óbito não é alta?: Levante Popular da Juventude realiza ato contra Prevent Senior

Foto: Reprodução?

Por Marcelo Hailer

Levante Popular da Juventude realizou na manhã desta quinta-feira (30) uma manifestação na porta da empresa Prevent Senior, em São Paulo (SP). O objetivo do grupo é denunciar a rede hospitalar que, em conluio com o governo Bolsonaro, transformou os seus pacientes em cobaias para testar o famigerado "tratamento precoce? contra a Covid-19.

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"Manchamos a Prevent Senior com tinta vermelha e espalhamos os dólares de Bolsonaro para denunciar aqueles que eles lucraram com a morte de milhares de pessoas. A empresa fez tudo isso com apoio do Governo Federal, pois tinha relação direta com o gabinete paralelo, que organizou esquemas de corrupção na compra de vacinas da Covaxin e que estimula instituições que fomentam o uso do Kit Covid?, afirma Julia Aguiar, da coordenação nacional do Levante Popular da Juventude e vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes.

Além disso, o grupo também afirmou que escracharam "a Prevent Senior e o governo Bolsonaro por acreditar numa saúde que cuida e prioriza a vida do povo brasileiro, que tenha como base a ciência e que seja pública e universal. A falácia de que a privatização de serviços essenciais para o povo seria a solução é dia após dia derrubada?.

\"Levante\"
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Saúde não é experimento

Ativistas lançaram o movimento Saúde Não é Experimento e estão colhendo assinaturas para que a Agência Nacional de Saúde (ANS) proteja os usuários da Prevent Senior e realize uma intervenção e investigação na rede hospitalar.

"A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) precisa intervir na gestão da Prevent Senior. Essa intervenção seria feita através de um dispositivo chamado direção técnica, em que a Agência, após uma investigação na empresa, coloca em marcha um plano de ação para proteger os usuários e resolver os problemas encontrados?, informa o texto do abaixo-assinado.

Advogada de médicos detalha gabinete paralelo

Em depoimento à CPI da Covid-19 realizado nesta terça-feira (28), a advogada Bruna Morato afirmou que a Prevent Senior fazia parte de um "plano? do governo federal para que o país não entrasse em lockdown. A estratégia, segundo ela, foi tramada pelo chamado gabinete paralelo do Ministério da Saúde, que agia "totalmente alinhado ao Ministério da Economia?.

Bruna ainda detalhou as tarefas de três componentes do gabinete paralelo para criar uma estratégia de ação contra a Covid-19 para subsidiar a defesa de que a economia não parasse. "Essa esperança tinha um nome: hidroxicloroquina?.

"Por conta das constantes críticas que o [então ministro da Saúde, Luís Henrique] Mandetta vinha fazendo à Prevent Senior, a diretoria-executiva tinha que tomar uma atitude. Qual foi essa atitude: num primeiro momento se aproximar do Ministério da Saúde através de um médico que era familiar ou vinculado ao ministro Mandetta, que não deu essa abertura, fazendo com que procurassem outras vias?, contou a advogada.

"Segundo informações, o doutor Pedro [Benedito Batista Junior, diretor-executivo da Prevent], foi informado que existia um conjunto de médicos assessorando o governo federal e que esse conjunto de médicos estaria totalmente alinhado ao Ministério da Economia?, emendou.



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